terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FILMES

LAMBADA - A DANÇA PROIBIDA

 

Quando as florestas tropicais brasileiras são ameaçadas pela ocupação de uma multinacional americana, a princesa Nisa (Laura Harring) viaja com o xamã Joa (Sid Haig) para Los Angeles a fim de encontrar um modo de salvá-la. Lá, Joa é preso e Nisa deve encontrar, sozinha, a solução para impedir a destruição da floresta. Quando ela encontra um jovem que adora dançar, juntos resolvem participar de uma competição de lambada promovida por uma emissora de TV. Filme produzido no auge da febre da lambada, que tomou conta do final dos anos 80 ao começo dos 90.

 

 

 


Dança originária do norte do Brasil, a Lambada alcançou o auge de sua popularidade no final da década de 1980, com muita alegria, movimentos sensuais e músicas que eram executadas nas rádios durante todo o dia repetidas vezes. Oriunda de uma mistura de ritmos como Forró e o Carimbó, a Lambada sofreu modificações após ser divulgada no exterior, sendo então adicionada a esta combinação de ritmos quentes a Cúmbia e o Merengue.



Origem do Carimbó

Falar da lambada e não citar o carimbó é um grande pecado no mundo da musicalidade,  até por quê,  o carimbó é um ritmo que complementa este estilo musical, cujo qual  teve amplo destaque em muitas regiões, não só do Brasil como do mundo, principalmente na década de 80.
 A origem do carimbó remonta uma diversidade de manifestações culturais, o que segundo se tem divulgado, tem sua origem na  cultura indigena, miscigenando-se e recebendo a influência de outras culturas, como a do negro com a presença da percusssão e dos portugueses com os estalos dos dedos e palmas em algumas partes da dança. Acredita-se que o carimbó tenha surgido na capital do Pará, Belém, nas emediações da zona do Salgado e na Ilha de Marajó. Veja mais sobre a origem do carimbó no site do governo do Pará. Acesso no link abaixo.

Http://www.pa.gov.br/O_Para/musica.asp
http://www.cdpara.pa.gov.br/carimbo.php


 O FOLCLORE DO BOI-BUMBÁ BOI DO NORTE

O boi-bumbá teve origem na invasão das terras de um fazendeiro por um boi. Num ataque de raiva o homem resolveu matá-lo, sem saber que o boi não era apenas um animal de criação, mas de estimação. O dono, muito triste com a morte do bicho fez de tudo para ressuscitá-lo, até chamou um médico acompanhado de uma enfermeira, interessados em lucrar com o sofrimento do homem.
Como remédio para reanimar o boi, eles lançaram mão de recursos variados, como uma mandinga e as estripulias de um palhaço. Para a infelicidade do dono do boi, nada disso surtiu efeito, até que ele se lembrou de uma coisa que costumava agradar muito ao animal: música e cantoria, famosas por curar todos os males. Foi assim que o boi se recuperou e voltou a trazer alegria para seu dono.
Os personagens são fixos: o boi, o seu dono, o dono das terras invadidas, o médico, a enfermeira, o palhaço, o pássaro nanico, as deusas. Alguns elementos são obrigatórios, como a bateria, os figurinos de calça xadrez e chapéu, o carro alegórico, e o boi gira e roda, dança como quem avança nas pessoas.


 Boi Garantido

O Boi Garantido é uma das duas agremiações folclóricas que competem anualmente no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas.
No final do século XIX e início do século XX, a Amazônia recebeu um grande fluxo migratório de nordestinos devido às constantes secas nesta região. Os imigrantes também eram atraídos devido ao apogeu do ciclo da borracha. Dentre esses, um grande número de Maranhenses chegou à região trazendo o costume das brincadeiras de Boi, (No Maranhão conhecidos como Bumba-Meu-Boi. Ressaltando que foi neste estado que se originaram as brincadeiras desse ritmo). Um de seus descendentes, Lindolfo Monteverde, nasceu em Parintins em 1902 e cresceu admirando os folguedos que havia na cidade.
Em 1913,[1] aos 11 anos de idade, decidiu criar seu próprio Boizinho de Curuatá com o qual brincava com crianças de sua idade - um chamado boi-mirim, que até hoje é muito comum no Norte e Nordeste do Brasil, Em 1920,[2] devido a uma grave doença, fez uma promessa a São João Batista: se ficasse curado, iria realizar anualmente uma ladainha e uma festa de Boi em sua homenagem. Lindolfo foi atendido em seu pedido e cumpriu sua promessa. Contam os mais antigos que a apresentação começou com a ladainha e depois houve distribuição de Aluá, bolo de macaxeira, tacacá e, no final, muito forró. Lindolfo ainda batizou seu filho mais velho de João Batista Monteverde, em homenagem ao Santo Querido. A partir de então, todos os anos os torcedores do Boi se reúnem na noite de 24 de junho para rezar a ladainha e festejar São João Batista e, em seguida, saem pelas ruas da cidade, dançando em frente às casas que tiverem fogueiras acesas.
Contam que Lindolfo Monteverde era um cantador e repentista que causava admiração em quem o ouvia cantar, por causa do timbre de voz que dominava os terreiros e era ouvido à distância, sem utilizar nenhum tipo de aparelho sonoro mecânico. Lindolfo também incomodava os torcedores do Caprichoso com sua firmeza de voz e a inteligência dos desafios que criava junto com seus outros colegas compositores.

Acorda morena bela vem ver, o meu boi serenando no terreiro, é assim mesmo que ele faz lá na fazenda, quando ele avista o vaqueiro. ”   Lindolfo Monteverde.

Símbolo

Desde a sua criação, o Garantido se apresenta com um coração na testa, e suas cores, vermelha e branca, foram adotadas pela torcida. A cor do coração na testa do boi costumava ser preta até meados dos anos 60, quando Dona Maria Ângela Faria, até hoje conhecida como madrinha do Boi, deu a idéia deste ser pintado de vermelho. Idéia que foi prontamente executada pelo artista Jair Mendes.


O primeiro rival

As pessoas mais antigas do Boi Garantido afirmam que o primeiro grande rival foi o Boi Galante. Lindolfo compôs essa toada de desafio:

Boi Garantido ouviu
Estavam falando em Deus
Escutou na terra e olhou pra adiante
Olha Boi Galante o teu Deus sou eu.


Há versões de vários historiadores que afirmam que o Caprichoso surgiu de uma dissensão do Boi Galante, por volta de 1925 ou 1929, mas essas teorias são equivocadas, pois "Touro Galante" é apenas um apelido do Caprichoso, não tendo nada a ver com o boi citado, até porque, se fosse uma dissensão, havia ocorrido por que o Caprichoso quis se separar, e se separou, porque iria ficar homenageando o boi, que repito: quis se separar? Essa controvérsia desmente essas teorias.

Origem do nome

O nome Garantido surgiu do próprio criador, Lindolfo Monteverde, que em suas toadas sempre lembrava aos torcedores do Caprichoso que seu bumbá sempre saía inteiro dos confrontos de ruas que, na época, eram rotineiros. Dizia Lindolfo que, nas “brigas” com os "contrários", a cabeça de seu boi nunca quebrava ou ficava avariada, “isso era garantido

O primeiro festival

A brincadeira foi evoluindo e, em 1965,[4] aconteceu o primeiro Festival Folclórico de Parintins, mas não houve participação dos bumbás. A primeira disputa veio no segundo Festival, quando o Garantido enfrentou o Caprichoso. Em 44 festivais, o Garantido conquistou 28 títulos e é o único que chegou a ser pentacampeão da disputa, nos anos 80. O primeiro empate da história do evento aconteceu no ano de 2000.





Boi Caprichoso


 Boi Caprichoso, representado principalmente pela cor azul, é uma das duas agremiações que competem anualmente no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas. O Boi-Bumbá Caprichoso tem sua história atrelada a uma família. A professora e folclorista parintinense Odinéia Andrade afirma que o bumbá foi fundado em 1913 pelos irmãos Raimundo Cid, Pedro Cid e Félix Cid. Os três teriam migrado do município de Crato, no Ceará, passando pelos estados do Maranhão e Pará, até chegarem à ilha, onde fizeram uma promessa a São João Batista para obterem prosperidade na novo município. Isso foi moti­vado pelas influências recebidas pelos Cid durante a trajetória até a ilha, quando puderam conhecer vários folguedos juninos por onde passaram. Duas manifestações folclóricas chamaram a atenção: o Bumba-Meu-Boi, maranhense, e a Ma­rujada paraense. Andrade (2006) afirma que o Boi Caprichoso assimilou elementos desses dois folguedos, uma vez que o bumbá adotou como cores oficiais o azul e o branco, usadas nos trajes dos marujos, e denominou seu grupo de batuqueiros, responsáveis pelo ritmo na apresentação do boi de Marujada de Guerra. Há outra versão, supostamente verdadeira, de que o Caprichoso surgiu de uma dissensão do Boi Galante, por volta de 1925 ou 1928, tendo assim 80 anos de existência e não 95 como lhe é atribuído.



Caprichoso é o boi-bumbá que defende as cores Azul e Branco. Seu símbolo é a estrela azul, a qual ostenta em sua testa. É o Guardião da Floresta, do folclore parintinense, do imaginário caboclo e do lendário dos povos indígenas. O nome, Caprichoso, teria um significado intrínseco a ele, isto é, pessoas cheias de capricho, trabalho e honestidade. O sufixo “oso”, significando provido ou cheio de glória. Quando somados, “capricho” mais “oso”, poder-se-ia dizer que é extravagante e primoroso em sua arte. Para compreender o surgimento do Caprichoso e do folclore de Parintins, ler a obra "A verdadeira História do festival de Parintins" de Raimundinho Dutra, versador tradicional deste bumbá, oriundo de uma família tradicional do boi azul. O local de realização dos festejos particulares, chamado de curral, é chamado de Curral Zeca Xibelão, uma homenagem ao primeiro tuxaua do boi - bumbá Caprichoso, falecido em 1988, que se localiza na parte considerada como Azul da cidade. Quem separa os lados de cada bumbá é a Catedral de Nossa Senhora do Carmo.
 
 http://botecodovalente.blogspot.com


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